segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sobre a Lealdade...

Nada vem à minha mente de mais realista para definir lealdade do que os cachorros. Só quem já teve um é que vai entender o que estou dizendo. Eles são amigos até o fim, não guardam mágoa, se comprometem pro resto da vida com cada pacto silencioso que travam com o seu grande amigo. Mas não é sobre cachorros que vou falar. Acho que estou assistindo muito "O Encantador de Cães"...rs

Voltando ao tema, Lealdade no dicionário é:
Lealdade é a qualidade, ação ou procedimento de quem é leal. Leal é sincero, franco e honesto. Fiel aos seus compromissos.

É muito fácil perceber a lealdade ou a falta dela em grandes acontecimentos, em fatos marcantes. Mas o que mais preocupa é a lealdade nas pequenas coisas, no dia-à-dia. Manter-se fiel àquilo que você se propõe consigo mesmo não é lealdade, é personalidade, presença de valores. A lealdade está intimamente relacionada à nossa vida com os outros. E, no cotidiano, muitas vezes esquecemos de cumprir aquilo que pactuamos com as pessoas. Algumas diretamente, outras em pactos silenciosos... e não se trata de satisfazer as expectativas alheias, isso é outra coisa. Se trata de satisfazer às expectativas alheias criadas por nós mesmos, dentro daquilo que nos propomos a fazer, e até mesmo de satisfazer às nossas próprias expectativas em relação ao que nos sentimos capazes o suficiente a ponto de fazer "promessas".

Então, ser leal no dia comum é tão importante quanto não trair um amigo, não trair um amor, não aceitar propina no trabalho. Ser leal nas pequenas coisas vai ajudando a definir, a criar uma pessoa leal e feliz, capaz de dizer "não" às grandes deslealdades, já que pratica isso diariamente. E, embora a gente não perceba, a lealdade está em cada laço que criamos com as pessoas que amamos. Amigos, amor, pais, filhos. Cada relação tem um "código". E ser desleal ou leal depende não da idéia da sociedade (neste caso), mas do código íntimo que você criou com cada pessoa em particular.

"A lealdade é o caminho mais curto entre dois corações."
(José Ortega y Gasset)


É isso.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sobre o AMOR!

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar." 
(Caio Fernando de Abreu)


Eu queria falar sobre a importância da cumplicidade no amor. Nada melhor do que este texto do brilhante Caio Fernando de Abreu. O mesmo que diz que "Amor não resiste a tudo, amor é jardim..." Acho que é bem por aí, o outro precisa sentir a sua entrega, você precisa mostrar, tanto quanto precisa enxergar. O amor tem que ser cuidado, regado para crescer e se tornar cada vez mais lindo. As dificuldades podem ser as tempestades que vêm de fora. Mas o amor não pode ter falta de nutrientes no solo. E assim deixa sempre firme a sua raiz. Se você quer beleza, cultive-a. 


Isso nem sempre é tão fácil quanto parece. É um exercício de humildade, de compreensão, de coragem. Muitas vezes ser covarde parece o melhor caminho.


Escrevo este post pensando no meu marido. Para quem eu tento ser uma pessoa melhor todos os dias. Com quem eu descubro coisas novas todos os dias, que eu gosto e que eu não gosto também. Para quem vale a pena praticar esta entrega, com quem eu vivo a felicidade plena, que é feliz de maneira real, mesmo quando sai um pouco do conto de fadas. Com quem eu vivo meu conto de fadas, porque eu sei que vivemos felizes para sempre. 


Porque eu encontrei o meu príncipe, o Baobá do meu jardim da vida :)


Parabéns por hoje, Baby! Te amo, sempre e mais! Minha metade infinita!


"Você acha que o nosso amor pode fazer milagres? - Eu acho que o nosso amor pode fazer tudo aquilo que quisermos." (Caio F Abreu)


É isso.

domingo, 14 de novembro de 2010

Relativismo Moral e Sofismo - Combinação letal!

Relativismo Moral: Relativismo moral afirma que moralidade não é baseada em qualquer padrão absoluto. Ao contrário, “verdades éticas” dependem da situação, cultura, sentimentos, etc.


Sofismo: Um "sofista", etimologicamente falando, é "um homem sábio". Mas à medida que o tempo foi passando, os sofistas concentraram-se menos na sabedoria e mais na retórica, a arte de tornar convincente qualquer causa, boa ou má.


Mas não vamos nos prender aos conceitos, isso foi só para ligar o assunto à prática. As duas são filosofias válidas. No entanto, entra a deturpação dos conceitos, que é um dos talentos humanos: Deturpar informações a seu favor.

Vamos pensar no Relativismo Moral. Sim, é verdade que muitos conceitos do que é moral ou ético depende de cada cultura. Não precisamos nem ir muito longe: Trabalhando numa empresa alemã, por exemplo, tive muitos choques culturais sobre o que seria adequado em um ambiente de trabalho. Isso é válido. Porém, há conceitos universais de moral, que devem ser respeitados. E o que as pessoas fazem é usar o relativismo para justificar tudo. Como quem diz que isso não é bom para você, mas é bom para mim. Este argumento nem sempre funciona. O relativismo tem limites. E o limite está dentro da cultura em que você vive, e, se você não consegue se adaptar, dentro dos conceitos universais. Então, antes de aceitar qualquer justificativa, ou aceitar tudo como "questão de opinião", vamos olhar um pouco pros absurdos que têm sido praticados no mundo em nome do Relativismo. O Relativismo não pode justificar assassinatos, preconceitos, aliciamentos, drogas. Não venham me dizer que é uma questão de estilo de vida. Sinceramente, eu tenho nojo de quem usa o Relativismo desta maneira. Ele serve para levantar discussões, trocar informações, conhecer e respeitar culturas, e não para justificar atos e pensamentos sombrios pertinentes à humanidade.


E aí é que entra o Sofismo. Com toda sua característica de usar as palavras a seu favor para convencer os outros de que tem razão, seja qual for a natureza da ação. Posso dar um exemplo que todo mundo conhece, como no filme "Advogado do Diabo". Quem não se lembra? 
O filme nos leva a uma reflexão sobre a espiritualidade, a tentação, a ambição, o poder, o materialismo. Aborda temas como globalização, corrupção, ocultismo, incesto, religião, ambição, negócios ilícitos, etc. E em todo momento, você pode ver a história por prismas diferentes, tão convincentes e convenientes são os argumentos para mostrar Relativismo entre o que é bom ou mau.

Então, amigos, se um de vocês conhecer por aí um Sofista adepto do Relativismo... cuidado! Ele pode te convencer de muitas coisas. Provavelmente, a maioria deles é psicopata, ou pelo menos, quase um. A única coisa que posso dizer é: Ninguém é dono da verdade. Esteja sempre aberto a conhecer novas opiniões, a mudar, a checar aquilo que você escolhe para a sua vida. No entanto, mantenha-se fiel aos seus valores, não faça nada que realmente não ache confortável e não se deixe convencer de nada que não te pareça correto. Os limites do seu Relativismo quem decide é você.


É isso.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vamos globalizar o conhecimento?

Texto inspirado no polêmico post do meu marido: O Que É Ser Americanizado?

O que faz alguém ser americanizado? Por que gosta das coisas de qualidade que vêm de lá? Esta noção exaltada de pátria tem o seu valor na hora de fazer política externa, na hora de crescer economicamente, mas não cabe na arte, no esporte... As pessoas confundem conhecer e apreciar as boas coisas da vida (no mundo todo), como uma espécie de renegação da cultura brasileira. E é com isto que eu não concordo.

Afinal, o que é a cultura brasileira, se não uma mistura de tantas outras? Por aqui estiveram portugueses, franceses, africanos, holandeses, franceses, italianos, todos deixando sua contribuição, sua marca, se misturando aos nativos indígenas. Assim fomos criando a nossa cultura, esta miscigenação. Na religião, por exemplo... os mesmos que batem no peito para dizer que o Brasil é um país católico, se esquecem que o país foi catequizado por Portugal. Os baianos que tanto prezam e defendem sua religião como parte da herança e cultura nacional, têm que se lembrar que foram os africanos que trouxeram e passaram a religião de maneira disfarçada para fingir adorar os santos católicos e não serem castigados pelos portugueses. A religião indígena do Daime, se misturou com a religião africana e com o catolicismo de tal maneira, que hoje as práticas têm um pouquinho das três, fazendo com que sequer a religião dos nativos brasileiros tenha saído imune desta mistura. Os evangélicos, muitas vezes não se lembram que graças a Lutero, um alemão, aconteceu a reforma protestante. E inclusive, hoje o país mais ativo no mundo como protestante, é o Estados Unidos.

As pessoas, antes de começarem a criticar, têm que entender que somos resultado de tantos processos, de tantas culturas diferentes. Que estamos buscando identidade, criando identidade ao longo dos anos. É claro que é importante preservarmos nossas raízes, nossa memória, mas isso não quer dizer nos fecharmos para o resto do mundo. O que é isso, exílio socio-cultural? Eu tenho muito orgulho de conhecer a história e a música portuguesa, de conhecer a cultura e a música francesa, de sonhar com uma visita à Itália, de odiar o modo de vida americano, mas por conhecê-lo, através de séries e filmes de qualidade que eles fazem (e ainda como ninguém). Tenho orgulho de apreciar o cinema europeu, assim como também aprecio o cinema brasileiro quando faz bons filmes (e nos últimos anos tem melhorado demais). Tenho orgulho quando escuto uma música da Elis ou do Chico num filme do Almodóvar, quando escuto uma Bossa Nova num filme americano (sim, eles amam!), ou quando vejo uma cantora respeitada em toda a Europa, como a Dulce Pontes, gravar música brasileira. E quase morro de orgulho, quando escuto TODOS os meus amigos estrangeiros dizendo que Los Hermanos é (ou foi) a melhor banda dos últimos tempos no mundo.

Quanto ao esporte... Baseball é bom sim, Futebol Americano, melhor, e as pessoas criticam sem ao menos conhecer. Sou culpada por apreciar? Tá, e o Brasil... o Brasil tem o futebol arte, indiscutível. Mas o Campeonato Brasileiro... de arte só tem drama e comédia! Alguém pode me culpar por preferir assistir o Campeonato Europeu? Assim como não é engraçado, um país onde os candidatos à presidência, têm que se retratar com a igreja caso falem algo contra seus princípios. Peraí!!! Vamos elogiar e manter aquilo que merece, e criticar, mudar, e, por que não, copiar de exemplos melhores quando necessário?

Como sempre, o ser humano está preso a rótulos. Eu aprecio a beleza e a qualidade. Seja ela de qual nacionalidade for. E abomino o que é feio e de mau gosto, seja também de qual nacionalidade for. Somos todos seres humanos, fazendo arte, lutando, trabalhando, criando... Os limites políticos e territoriais apenas delimitam práticas e modos de vida diferentes, devido muitas vezes às próprias condições climáticas, geográficas e econômicas. Mas no fim, somos todos iguais. E todos merecemos sermos ouvidos, respeitados, apreciados. 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Caso 4 - Ciência da vida - Mutação

Este post é inspirado no post de uma amiga do mundo do blog, Ana Cristina - Incongruente Lisura, que gentilmente permitiu que eu transcrevesse o trecho que mais mexeu comigo e me levou a este post...

"Dentro de mim há uma flor
Que, madrepérola, muda de cor
Conforme as gritantes nuances que sofro
Conforme as mudanças contínuas do humor..."


Quantas pessoas diferentes somos no decorrer da vida? Não falo apenas dos diferentes papéis que temos que exercer: filhos, pais, cônjuges, pessoas, profissionais... Apenas isso já seria o bastante para pirar! rs Mas gostaria de ir além...

Fico pensando em mim mesma, quantas fases vivi, quantas pessoas diferentes eu fui, mas não por falta de personalidade, muito pelo contrário, mas por me entregar de fato a cada "nuance" da minha vida. Por quantas coisas eu passei para me transformar em quem eu sou hoje? Não sei... Quantas vezes fui intolerante ou tolerante demais? Quantas vezes fiz guerra em tempos de paz? Ou perdi a guerra por não lutar? Não sei. Só sei que destes desencontros é que tiramos grandes lições. Claro que também somos capazes de aprender com os encontros da vida. Naquelas vezes felizes em que acertamos o que estamos fazendo. Mas nós só conseguimos isso depois de muitos desencontros. É preciso perder para aprender o valor de ganhar. É preciso ser o ratinho do laboratório, vivendo e sentindo dor, para depois ser o cientista observando e aprendendo.

Certa vez, escutei de alguém com quem me relacionei por mais de 10 anos, a seguinte frase: "Você mudou muito." Eu só pude pensar: graças a Deus!!! Já pensou se eu ficasse estagnada no tempo com as mesmas certezas, se eu nunca me questionasse, se nunca tivesse flexibilidade, se nunca questionasse os outros? Que bom que eu mudei, que bom que temos a chance de mudar - e muito - na vida!

"Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo" (Raul Seixas)


Não quer dizer que temos que mudar tudo o tempo todo... Há tempos de mudanças bruscas, em busca de si mesmo... Há tempos de mudanças totais, fugindo de si mesmo... Há tempos de mudanças serenas, se ajustando ao bom para torná-lo melhor.

O que encanta é que temos a capacidade de interagir o tempo inteiro com o Universo. "A gente muda o mundo, enquanto o mundo muda a gente." Essa troca é que nos faz evoluir. Então,  façamos um exercício hoje. Primeiro, pegue todos os seus valores, aqueles que você não pode trair... esses você guarda direitinho no seu coração, porque são parte da sua essência, do seu caráter, da sua personalidade. Agora, pegue todas as suas certezas, suas teorias sobre a vida e analise-as. Pense em tudo que você já viveu referente a elas e se vale a pena mantê-las... Se são assim tão certas, se você não exagerou, se não fez drama... Pense naquilo que você mudou em você por mágoa e não por lição. E se não vale a pena repensar e voltar a ser como antes também... O resultado deste tipo de análise é que podemos ser pessoas melhores, mais felizes, e fazer as pessoas que amamos mais felizes  também.

É isso.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Caso 3 - Em andamento - Sobre os jogos pessoais

Não vou fazer de conta que estou escrevendo este post com absoluto domínio do que estou dizendo. Este mistério está para ser desvendado junto com vocês, enquanto eu penso, escrevo, compreendo.

Uma coisa é certa: os joguinhos pessoais, emocionais, psicológicos, me enjoam. Não é um enjoo apenas metafórico, mas literal. Cheguei a um certo estágio da minha vida em que não tenho mais paciência pra isso. Não visto máscaras, não faço tipo, não brinco de adivinhação.

Mas isso não é sobre mim, e sim sobre os joguinhos. Eles podem atrasar sua vida pessoal e profissional... quando você brinca com eles e também quando não brinca... confuso! Mas pensem comigo... só alguns exemplos do mar de possibilidades:

1 - No seu relacionamento:
- Você finge que gosta de um monte de coisas que não suporta, mas um belo dia você se cansa e começa a se mostrar uma pessoa diferente de antes, obviamente muito mais chata, já que podia oferecer benefícios que não pode mais. A máscara sempre cai, ninguém vive uma novela pra sempre.
- Você manda indiretas, faz cara feia, fala em metáforas, esperando que o outro entenda o que te incomoda e faça tudo que você espera. Não rola. O máximo que se consegue é um relacionamento sem comunicação, onde um parece insensível, o outro maluco, e as brigas se intensificam até resultar no fim.

Basta entender que o relacionamento é como uma sociedade, onde as cláusulas do contrato têm que estar claras, definidas, cada um fazer sua parte e receber seu lucro. E cada nova cláusula deve ser discutida e aprovada pelos sócios. Assim como em qualquer sociedade, é claro que algumas vezes os sócios precisam investir para que a empresa se desenvolva.

FOGE À REGRA: A etapa da conquista e sedução. Quem não joga o jogo da conquista, perde uma das etapas mais gostosas da relação! :)

2 - No seu trabalho:
- Você faz o jogo de concluir imediatamente as coisas bobas que o seu chefe pede, ficando em evidência. Mas empurra com a barriga a sua verdadeira rotina, aquela que será checada a médio e a longo prazo. Depois fica reclamando que não adianta fazer 100 coisas certas, porque é sempre da errada que vão se lembrar. Só esquece que poderia ter dito não anteriormente, justificando com as reais atribuições, recebendo o mérito no momento correto.
- Também tem aqueles que jogam com os colegas de trabalho... campo perigoso. Em toda empresa tem a piranha, o desleal, o incompetente, a puxa-saco... lucra bem mais quem não entra nestes diálogos, não fere a imagem de ninguém. Estes têm muito mais chance de sair com sua imagem ilesa.

O segredo é tão fácil... o seu chefe também é humano. Basta falar a verdade sobre cada situação, mostrando assim que você é um profissional confiável, responsável e capaz de pedir suporte quando necessário.

FOGE À REGRA: Os joguinhos com o pessoal do RH... Sim, você tem que participar e sorrir em todos aqueles processos seletivos que enchem o saco e não avaliam nenhum profissional de fato. E nas palestras e avaliações subsequentes. Não porque seja agradável, mas porque é preciso algum esforço para manter o emprego, além de trabalhar. rs

3- Com os seus amigos:
- Você faz o joguinho de ser legal com todo mundo, conversa, dá toda a atenção sempre que está presente. Mas é aí que está o detalhe, sempre que está presente. Quem tenta agradar todo mundo, ser o confidente de todas as horas, de todas as pessoas ao redor com problemas... esta pessoa sempre deixa a desejar. Amizade é muito mais do que isso. A sua presença (não física o tempo todo, mas incondicional) é importante... e como alguém pode oferecer isso a milhares de pessoas? Nem com a internet é possível, porque seria necessário um tempo tão grande navegando, que a pessoa não poderia trabalhar ou se relacionar com ninguém na vida real. "É impossível ser tudo pra todos" (Carbona)
- Você faz o joguinho de falar meias verdades, ou inteiras mentiras para não magoar ninguém... Um susto: acaba magoando muito mais, quando finalmente seu amigos descobrem e percebem que não podiam contar com você. Se você não pode atender alguém, simplesmente diga a verdade. Talvez você deixe de ter algumas pessoas te considerando como amigo, mas certamente magoará menos corações e fortalecerá as relações de que pode participar de fato.

Também não é nada demais... é só uma questão de aprender que, na vida, temos que fazer escolhas algumas vezes.

FOGE À REGRA: Você pode mentir para um amigo pra fazer uma festa surpresa...rs


Na minha opinião, são todas coisas simples de concluir, de aprender. No entanto, me pergunto porquê continuo lidando com isso na minha vida, mesmo com pessoas que admiro. Me pergunto se eu também vacilo e jogo com alguém de vez em quando. Que necessidade é esta que o ser humano tem de se sabotar, de possibilitar o fracasso de suas próprias investidas? Alguém sabe me dizer?

É isso.