quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Apenas uma reflexão...

Já tentei deixar coisas pela metade...
Já tentei esquecer de pessoas queridas.
Já tentei amar mais ou menos, me entregar mais ou menos...

Mas, se tem alguma coisa que realmente sempre fica pela metade, é quando eu resolvo trilhar este caminho...

Sempre volto atrás para fazer aquilo a que me propus, é uma exigência minha para mim mesma.
Quando tentei esquecer pessoas queridas, descobri que parte delas era parte de mim.
Quando tentei racionalizar o amor, me vi incapaz de amar, e que a intensidade que eu preciso da vida jamais me permitiria ser feliz assim.

Já andei muitos caminhos, já deixei todos eles.

Mas hoje, já não sou mais uma apostadora da vida. Aprendi a respeitar que sou intensa, mas também aprendi que devo andar com os pés no chão. Saber tudo o que se quer, tudo o que se é, é maravilhoso. Mas ainda melhor é saber tudo o que você não é, e que te tornaria melhor se passasse a ser.

Desejar progredir, saber ouvir, saber mudar quando preciso, ou quando conveniente: isto sim é algo que eu preciso aprimorar. Às vezes é necessário ser menos “eu” para ser um “eu” melhor.

Muitas vezes a certeza dos nossos pensamentos, sentimentos, a certeza que formamos sobre nós mesmos, ajuda. Mas, muitas outras vezes, atrapalha. É preciso abandonar esta certeza absoluta de si mesmo e se encarar como alguém em construção. É preciso ter coragem para mudar pelo caminho, é preciso ter força para assumir quando mudar de opinião. Coerência não é ser para sempre o mesmo, mas ser mais do mesmo ainda que em constante transformação.

Que todos nós possamos alcançar o equilíbrio e a sabedoria para saber quando fincar o pé sobre quem somos, e quando questionar as nossas próprias ações.

É isso.

Amigos, tem selo novo que ganhei neste link: http://talves02.blogspot.com/p/selos.html


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pessoas Perfeitas

Por favor, preciso de todos agindo igual a mim: fazendo questão de não ser igual a ninguém.

Sempre falo aqui das grandes vantagens da nossa vida no campo, mas ontem, enquanto voltava do trabalho e escutava uma conversa (balançando a cabeça para não abrir a boca), me deu vontade de levantar aqui um dos pontos negativos para ser tema de discussão. Uma das coisas que se tornou muito mais evidente para mim depois que viemos (meu marido e eu) morar no interior é a maneira como a grande maioria das pessoas fala igual, age igual, se veste igual, escuta as mesmas músicas, compra as mesmas coisas... tudo bem, isso não é tão novo assim, a tal da cultura em massa, indústria cultural, ou qualquer nome que quiserem dar. Mas há um limite para a difusão: o limite que assegura a diversidade.

E vejam bem, não estou falando da simplicidade do povo, que limita alguns conceitos, até mesmo por limitar os horizontes de conhecimento. Estou falando da mania que as pessoas têm de cobrar dos outros um padrão de comportamento. 

Pessoas, eu adoro a diversidade. Acho interessante ouvir a cultura das pessoas, a sabedoria em diferentes áreas da vida. Mas eu realmente não tolero que as opiniões alheias me sejam impostas como modo de vida. E é esse um grande ponto negativo que tenho vivido aqui. Hoje eu penso duas vezes antes de fazer qualquer coisa (normal, mas que esteja fora dos padrões da cidade) para que não haja repercussão. Meu marido também faz a mesma coisa, pois qualquer deslize pode significar muita fofoca, chateações reais no nosso casamento (e até separação, pois o povo aumenta tudo), ou até divergências políticas fazendo com que não haja trabalho decente para nós na cidade por pelo menos 20 anos. É uma espécie de prisão, de ditadura, me lembra o filme "Mulheres Perfeitas", só que todo mundo tem que ser perfeito...rs. Acho realmente impressionante como ainda hoje, mesmo no interior, ainda haja este tipo de comportamento. Parece que é um vício: cuidar da vida alheia.

Nossa saída aqui é que vivemos meio isolados do resto da cidade, temos basicamente contato com as pessoas que trabalham aqui, mas são de fora, e nunca nos envolvemos em nenhuma fofoca. Claro, também somos muito claros e diretos quanto às coisas que fazemos por aqui, para que nunca um boato enorme nos pegue desprevenidos e acabemos brigando por nada.

Se vale a pena esta privação pelo que a cidade oferece de bom? Vale, e muito! Até porque, sinceramente, eu não faço questão de fazer social com ninguém... rs Mas esta é mesmo uma questão que, quando eu for professora aqui na cidade, terei prazer em começar a mudar, a trabalhar isso na sala de aula com os alunos, insistentemente. Mostrar que o tempo pode ser usado para coisas muito melhores e mais produtivas e que há coisas muitos mais interessantes para saber.

Mas eu me pergunto: será que este é um problema só do interior? Porque é claro que não vivia isso com a cidade inteira do RJ. Mas quantas vezes dentro da empresa em que se trabalha, as pessoas passam por coisas até muito piores?

É com pesar que acredito que isso é coisa de gente. Mas podemos escolher que não seja coisa da gente. :)

É isso.


domingo, 4 de setembro de 2011

Preguiça x cobrança

Preguiça é o ato de descansar antes de estar cansado. (Homer Simpson) :)

Tenho lutado contra a preguiça durante as últimas semanas, mas a verdade é que a minha disciplina tem se dado por vencida muitas vezes. Saldo disto? Várias aulas atrasadas para assistir (de todas as 13 matérias das 2 faculdades no semestre), e 7 fóruns para participar até amanhã depois de tê-las assistido.

Fato é que às veze,s quando você faz muita coisa ao mesmo tempo, chega uma hora em que precisa dar um tempo de tudo. Eu trabalho, faço duas faculdades por opção (para mudar de profissão e de vida), cuido da minha casa (sem empregada), cuido da minha cachorrinha, cuido do meu marido, mantenho minhas redes sociais (única ferramente para manter contato com os meus amigos e família, já que moro longe), mantenho um blog (relativamente atualizado), penso em mil coisas ao mesmo tempo que não tenho conseguido passar para o papel (como uma peça de teatro já pronta na mente), acompanho blogs que acho interessantes, acompanho umas 6 séries de tv (pelo menos), vejo filmes, corro atrás dos negócios que estamos viabilizando para nós dois sermos mais felizes ainda, controlo as finanças, e ainda dou suporte e consultoria financeira para a vida pessoal do meu chefe (for free). Sério, cansei de novo só de falar...rs

Não estou reclamando da minha vida, pelo contrário, acho ótimo que eu possa fazer tudo isso agora, e melhor ainda é fazer com um objetivo real. Sei que daqui a 2 anos tudo será diferente e muito mais tranquilo, e é por isso que estou lutando hoje. Mas nas duas últimas semanas não tive disciplina alguma para manter tudo em equilíbrio, e como as outras coisas acabam sendo obrigação ou prazer, é claro que as faculdades são as que mais ficam prejudicadas, afinal, não são uma coisa e nem outra...rs

Já fiz um pacto comigo mesma e voltarei à rotina mais disciplinada a partir de manhã (assistirei aulas e participarei dos fóruns) e até o final da semana terei colocado as aulas em dia (por sorte tenho o dom de absorver várias aulas num dia), mas, até amanhã, um brinde à preguiça.

Acho que a preguiça nem sempre está relacionada ao ócio por si só, mas à estafa, ao cansaço. É como se a sua mente e o seu corpo te obrigassem a descansar. Por um lado, bate aquela "neura" de estar deixando um pouco as coisas de lado, mas por outro, estou tomando consciência de que às vezes simplesmente precisamos de um tempo para respirar, recarregar, ou a vida se torna um inferno, a paciência se perde, e o prazer e o objetivo se vão.

Escrevo esta reflexão um pouco para que vocês parem para pensar sobre as suas próprias rotinas e o que podem fazer para otimizá-las, e um pouco para que eu mesma pense a respeito. Vamos tentar buscar disciplina e preguiça na tal medida difícil de alcançar: o equilíbrio.

É isso.