domingo, 30 de janeiro de 2011

Sobre o Casamento - 2

Não costumo blogar mais de uma vez no mesmo dia. Aliás, nem blogo todos os dias...rs Mas este é só um tuíte esticado...rs

Amar é como caminhar na grama num dia ameno.
Mas você sabe que o amor é pra sempre quando...
Mesmo quando vocês encontram farpas no caminho
Continuam lado a lado
Ignorando a ferida até cicatrizar.
E quando encontram dias nublados,
Se protegem com os seus próprios corpos molhados
Até o temporal passar.
E aí vêm novos dias amenos de amor
Para caminhar na grama
E sentir o carinho do sol
Abençoando e incentivando a amar.

É isso.

Pelo bem maior :)

Você enfrenta 5 horas de viagem, chega a um calor de mais de 40 graus, tem que atender vários compromissos diferentes... Sai do ônibus meio dia e só consegue entrar em casa meia noite. No dia seguinte, tem ainda mais compromissos para atender, deixa um ou dois de lado, porque vê que não vai conseguir voltar pra casa tão carregada de bagagem, mesmo o marido sendo grande e conseguindo carregar bastante peso...rs

Aí no meio do dia você começa a se arrumar pro compromisso da noite, checa se a crise alérgica que você teve horas antes realmente já passou, e claro que o cabelo que você foi fazer de manhã já está todo suado, no meio deste calor infernal do Rio de janeiro. Já maquiada e vestida com vestido de gala, sem parar de suar um minuto, você resolve soltar o cabelo, o toque final. Claro, o cabelo está marcado, você parece um Shitzu, mas como já deveria estar no local do casamento para "ensaiar" entrada como madrinha, não pode mais se preocupar com isso. Você também tem crise de consciência por fazer seu marido vestir um terno neste calor, mas nem comenta nada, afinal, já não tem jeito mesmo...rs

Você chega ao local por último, toma bronca da cerimonialista, que não quer saber se você viajou de longe só pra estar ali. Como detalhe, espera mais cerca de 30 ou 40 minutos até tudo começar, porque, claro, sempre há um atraso.

Já no altar, o noivo dá a mão para você sentir como está gelada e pela primeira vez demonstra o quanto está nervoso e emocionado com o momento. Até que finalmente entra a noiva. A sua amiga está tão linda, tão radiante. A emoção do seu amigo já não é contida e você realmente precisa se segurar para não começar a chorar no primeiro minuto e ficar horrível em todas as fotos depois...rs

A cerimônia termina, a festa começa e você fica feliz com tamanho bom gosto de todos os detalhes que ela escolheu.

Pronto. Tudo valeu a pena. Que a noite comece, porque a energia se renovou.

Felicidades Carine e Michel.
Valeu a pena aquela festa junina em 2008, valeu a pena insistir pelo Hard Rock! Que a vida de vocês seja um Kinder Ovo, assim como começou o noivado! :) Como é bom fazer parte disto desde o primeiro olhar e sentir a felicidade de vocês.
É isso.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Compartilhando alegria!

Eu não costumo passar adiante a brincadeira com selos, porque acho que no fundo o propósito é divulgar seu próprio blog no dos outros enquanto parece que está presenteando.

Sem críticas a quem repassa a brincadeira, mas eu não gosto de fazer nada que eu sinta intenções por trás.

Mas este eu resolvi repassar. Em primeiro lugar, porque ganhei de uma pessoa cujo blog não tem espaço para demagogia e que, também como eu, está muito mais preocupada com a qualidade de seu público, do que com a quantidade.



E em segundo lugar, dá pra ver bem no selo, né? Ontem eu estava bastante triste e me deparei justamente com este presente, com esta postagem... Coincidência? Acho que não!

Segue a brincadeira, e, desde já, desejo a todos muitos posts alegres em 2011!

1-Colocar nome e endereço do site que a indicou:
Gisley Scott - Querido Deus, obg por me exportar!


2-Dedicar para cinco seguidores assíduos e cinco seguidores novos do blog: 
 Meu marido - Esquizofrenético Blues
 Renata Lopes - Os prazeres de uma vida normal
 Caesar Moura - Caesar Moura
 Sarah Moraes - Harmonia
 Ana Kátia - Um, dois, três...Blogando


 Flávia Shiroma - Compartilhando idéias com uma mulher de trinta e poucos
 Victoria Alvernaz - Nerd Burra
 Natália - Mondonaty
 Affonso Schmitt - Oitavo Anjo
 Gisley Scott - Querido Deus, obg por me exportar! 

A última não só por retribuição, mas porque é mesmo um dos meu blogs preferidos.

É isso.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Diferenças e Discrepâncias = Fracasso e Frustração

Eis uma equação que não falha.

Aprendi a acreditar na capacidade de mudança das pessoas. Aprendi a acreditar na minha própria capacidade de mudar. A verdade é que quando algo é muito bom, podemos fazer uma escolha. Escolher ser daquela forma que vai nos fazer muito feliz.

Até aí, tudo muito bem. Mas e quando não podemos fazer esta escolha? Tem coisas que a gente é e não consegue escolher ser diferente. A tal da essência, da personalidade mais arraigada. Muitas vezes simplesmente por não conseguir abandonar uma prática de anos. Algumas vezes, como no meu caso, simplesmente por não conseguir abandonar certos valores.

E aí chega a hora de se aceitar. É o primeiro passo, afinal, "mentir para si mesmo é sempre a pior mentira". Mas o que fazer quando você tem um destes traços imutáveis que acaba batendo de frente com o traço imutável da outra pessoa? Sim, a tal da diferença, a grande diferença. Claro que primeiro você tenta mudar, você muda, muda, muda, quase chega lá, mas não chega, porque chega um ponto que você não consegue passar sem se machucar demais. Então o quanto você muda não é suficiente. Chega a hora de passar a bola. A outra pessoa abre mão de uma coisa, de outra coisa, de muitas coisas, mas também não consegue mudar. A discrepância de pensamentos é tão grande que mesmo os dois andando para solução, ninguém pode alcançá-la no abismo. Você luta mais consigo mesmo, se machuca pra mudar. Perde. Você luta com o outro, pede, briga, quase implora. Perde.

Então, chega o oportunista... o Fracasso. A sensação é esta, de batalha perdida, de sonhos jogados no abismo junto com a solução que se perdeu por lá. Frustração... Você se pergunta o tempo inteiro o que mais você pode fazer, enquanto o fracasso joga na sua cara a sua impotência.

Geralmente ao fim de um post assim eu dou uma solução, um conselho, uma maneira de agir. Mas eu ainda preciso descobrir. Se alguém souber, me fale!

Enquanto isso, só resta retroceder e viver sem expectativas um dia de cada vez. E que boas surpresas, afinal, o amanhã revele.

De fracassada, passo a pescadora. Sem desistir da solução e dos sonhos. Só que sentada na beira do abismo com a minha vara buscando todo dia trazê-los para a superfície. Mas sem cair no precipício atrás deles.

É isso.

Abaixo segue texto que acabei de ler no blog Insanidades Mentais e achei oportuno colocar aqui :)


Mentiras

A verdade é o concreto, o incerto. É o que sei, o que procuro descobrir.
É o que se vive, o que se idealiza.
É o oposto da mentira, mas não existe sem ela,
ao mesmo tempo que dela independe.
É o que se quer, do que se foge.
A verdade está aqui e inexiste.
É a causa, a cura.
É o começo, o fim.
O fato.
Mas a minha verdade, não é a sua;
Se eu ver isso e seus sentidos disserem-lhe aquilo?
Algum de nós estaria mentindo?
Seria apenas interpretações.
Estela Janine

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sobre o mundo corporativo

Queria precisar de menos dinheiro para pagar as minhas contas.

Sinceramente, a área em que eu trabalho só faz as pessoas se tornarem mesquinhas, cheias de ego e sedentas por tudo aquilo que não tem importância. Mais um pouco e eu consigo largar isso tudo... Só mais 3 anos... Pra quem já faz isso há 12... Me sinto morrendo por dentro cada vez que tenho que agir profissionalmente, esmagar o que alguém está dizendo para não ser eu a esmagada. Este tipo de poder não me interessa.

Mais uma vez eu tive a ilusão de que poderia ser diferente e que ali se estaria fazendo coisas pelas pessoas. Até consegui fazer algumas, mas no fim, tudo continua se tratando de lucro. O lucro não é algo ruim, o ruim é o quanto alguém consegue usar meios ruins para atingir este fim.

Nestes 12 anos, em todo este tempo, só tiro deste meio uma única empresa, que pensava em lucrar sim, mas também havia humanidade. Acho que não tem problema eu citar o nome da empresa fazendo um comentário positivo. Rezende & Moura Corretora de Seguros, que tem como sócio-gestor, uma das pessoas mais íntegras que eu já conheci na minha vida.

Quanto às pessoas, claro que conheci pessoas maravilhosas também, que estavam no jogo, mas sem jogá-lo. Mas estou falando de corporações, de corporativismo. E isso se sobrepõe às pequenas iniciativas individuais.

Só espero que o tempo passe e eu realize um novo sonho, o sonho de ajudar as pessoas no meu trabalho, e não o de estudar maneiras de afundá-las. Cansei do ego inflado e de todo esse lixo que tenho que administrar. Adoro fazer o que eu faço, adoro os números, mas a cada ano que passa, está mais difícil lidar com aquilo que deveria ser bom: os recursos humanos da empresa. Infelizmente, o gestor de todas as empresas se chama dinheiro, e por trás do nome "equipe de trabalho" está na verdade o nome "competidores".

Um dia... eu ainda chego lá...

"Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar" (Rita Lee)



É isso.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sobre a Magia da Vida!

Para dialogar com este post e com este blog inteiro.

Segue música com minha leitura:

Sintaxe À Vontade
O Teatro Mágico


Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão -
Apenas uma antiga forma de dizer, o show vai começar...
a partir de sempre
toda cura pertence a nós -
Só você pode saber o que realmente precisa para melhorar.
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser - Você escolhe como viver a sua vida e não deixa que outros façam isso por você.
todo verbo é livre para ser direto e indireto - E a sua escolha pode ser a melhor ou a que dê mais voltas para levar ao seu objetivo.
nenhum predicado será prejudicado - Mas tudo que for decorrente desta escolha será aproveitado para transformar a sua vida.
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final! - Os intervalos, os percalços, os fins e os recomeços sempre irão existir.
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto - Às vezes é no desvio que a gente se encontra.
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples - Nada como ser apenas você mesmo.
um sujeito e sua oração - Tanto pode ser visto como sua vida, como a sua oração mesmo, sua conversa com Deus.
sua pressa e sua verdade,sua fé - O que você mais deseja, o que você realmente é, o que você acredita.
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não - Porque a paz é disponível para todos nós.
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração - Todo mundo é capaz de dialogar com o Criador.
separados ou adjuntos, nominais ou não - Não importa estado civil ou cargo na vida.
façamos parte do contexto da crônica 
e de todas as capas de edição especial - Ninguém é melhor que ninguém.
sejamos também o anúncio da contra-capa - E a gente muda quando convém.
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição - E é a beleza da natureza humana.
é negar a si mesmo - Contestar aquilo em que se acredita.
e negar a si mesmo 
pode ser também encontrar-se com Deus - E evoluir conforme encontra as conclusões.
com o teu Deus -  E encontrar com o Deus em que você acredita.
Sem horas e sem dores - Sem horário marcado, sem punições.
Que nesse encontro que acontece agora 
cada um possa se encontrar no outro - E que nesse encontro você perceba o outro.
até porque...
tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só? -
Porque afinal Deus não é tudo à nossa volta?  Todos os Deuses na verdade são um só.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Gana da vida!

“(...) o homem que acreditava continuava caminhando. Chorava às vezes, rezava sempre. Pensava em fadas o tempo todo. E sem ninguém saber, em segredo, cada vez mais: acreditava, acreditava.” (Caio F.Abreu)

Nem todos os dias a gente se sente bem. E hoje é um dia destes. Resolvi usar o blog para desabafar, para falar também do que não é bom.

Eu  tenho muita coisa para aprender ainda. Conheço a minha natureza falha, tanto quanto desejo melhorar a cada dia. Mas dentro de todos os meus defeitos, apesar de saber como todos nós somos imperfeitos, ainda me surpreendo negativamente com a humanidade. Cadê a lealdade, a sinceridade, a amizade, o companheirismo? Até no trabalho sou incapaz de prejudicar alguém, mesmo quando sei que o mais correto dentro da minha função seria alertar sobre alguma pessoa que não se encaixa no perfil do trabalho. Mas simplesmente prefiro apostar nas pessoas, conversar, dar a chance da mudança, do crescimento. No entanto, tanto na minha vida pessoal, quanto na minha vida profissional, o ego costuma dominar a mente humana e quase ninguém consegue enxergar uma chance de melhorar. E eu acredito de verdade que a nossa vontade de evoluir, de ser melhor tenha que estar na frente de qualquer disputa de ego ou de poder. Simplesmente porque somos capazes de sermos melhores a cada dia.

Costumo ouvir que para conhecer alguém basta dar poder a esta pessoa. Então agradeço de verdade, porque estou exercendo algum poder hoje profissionalmente com a minha equipe e, no entanto, não mudei em nada estes conceitos e valores. Mas ao mesmo tempo que me dá muito orgulho poder dizer isto, também faz com que eu me sinta extremamente solitária. Minhas diferenças da maioria das pessoas desde criança me fizeram ser extremamente companheira, porque quero e posso dar atenção exclusiva para as pessoas que considero importantes, uma boa e confiável profissional, porque sou capaz de desempenhar bem as tarefas, assim como dizer com todas as letras quando algo não vai dar certo ou algo similar.

É claro que nem todo mundo consegue assimilar tamanha franqueza. Nem todas as pessoas estão preparadas para escutarem uma resposta sincera para uma pergunta. Ou para terem alguém ao lado para dar apoio e suporte para aquilo que sempre dizem que estão dispostas a mudar, mas na verdade ainda não estão.
E isso me joga de novo na solidão. Esta falta de comprometimento das pessoas com o próximo e com elas mesmas. A falta de empenho, de lealdade, de capacidade de renovação. É muito difícil ainda acreditar tanto na humanidade. Será que no fim, tudo realmente se trata de ego?

Aí de repente me vem a solidão. A solidão de quem não conhece o sentimento de competitividade, e não suporta injustiças. Sou capaz de lidar muito melhor com grandes tragédias da natureza, como um tsunami, terremotos ou como as enchentes da Região Serrana no Rio, que são terrivelmente tristes, do que lidar com aquele ônibus 350 que foi queimado na Penha, no Rio de Janeiro, em 2005. Não se trata das dores dos familiares, que foi a mesma. Mas da concepção de justiça. Sou capaz de lidar com a dor de ter dado a luz ao meu filho morto, embora eu sinta saudade dele todos os dias e me sinta uma mãe sem filho, mas não creio que seria capaz de aceitar a morte do João Hélio, por exemplo, se fosse mãe dele. Porque uma coisa é não termos escolha, outra coisa é vermos o quão atrozes nós humanos podemos ser.

Seria tão bom se todo mundo entendesse que se pode fazer bem a si mesmo e àqueles que se ama. Ninguém pode agradar e nem atender à todo mundo, mas nem precisa. Só basta cuidar de quem a gente ama. E se todo mundo fizesse isso, não teria que haver ninguém que frustradamente tentasse atender a todos. E nem haveria ninguém com tempo ocioso para fazer mal aos outros.

Só me resta respirar fundo, esperar isso passar. A música que vou postar é sobre isso: superação, a cada momento. É sobre a força de estar vivo, superar as barreiras e obstáculos, ter força para vencer os próprios medos e o desconhecido, algumas vezes com força e reação, outras com passividade. É sobre ter o "feeling", a sabedoria de quando agir de cada forma. E, então, nascer de novo, melhor... para em algum momento, recomeçar o ciclo. Para completar, a interpretação única de Elis Regina:

REBENTO
(Gilberto Gil)

Rebento
subtantivo abstrato
O ato, a criação, o seu momento
Como uma estrela nova e o seu barato
que só Deus sabe, lá no firmamento
Rebento
Tudo o que nasce é Rebento
Tudo que brota, tudo que vinga, tudo que medra
Rebento raro como flor na pedra,
rebento farto como trigo ao vento
Outras vezes rebento simplesmente
no presente do indicativo
Como as correntes de um cão furioso,
ou as mãos de um lavrador ativo
às vezes mesmo perigosamente
como acidente em forno radioativo
Às vezes, só porque fico nervoso, rebento
às vezes, somente porque estou vivo!
Rebento, a reação imediata
a cada sensação de abatimento
Rebento, o coração dizendo: Bata!
a cada bofetão do sofrimento
Rebento, esse trovão dentro da mata

e a imensidão do som nesse momento


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Caminho a dois

E assim passo os meus dias
Ao passo que anda este amor
E não peço mais nada da vida
Já não há nada que eu possa desejar.

Não preciso de mais luz no dia
E nem mais breu na noite
Preciso do tempo 
Que o tempo não passe
Ainda que saiba que o tempo não para.

Mas o que me foi revelado
É que o tempo em sua própria vontade
Nunca acaba para os amantes
E que os amores verdadeiros duram a eternidade.

Então a mim só resta viver
E aceitar a perfeição que a vida dá
O tempo, a brisa, o calor,
Acordar sem despertador,
Levantar falando de amor,
Andar de bicicleta
Discutir 
Ficar de bem
Respirar este ar 
Que é o sopro de vida que a vida nos dá
E que cada um à sua maneira, tem.

E viver cada dia sem pensar no fim
Por que o amor não acaba assim.
Mas quando esta vida se acabar,
Não sei se teremos dinheiro,
Ou uma cadeira de balanço,
Ou sequer se a vida nos garantirá o pão.
Mas sei que até o último segundo de mim,
Eu vou segurar tua mão.

E quando eu acordar
Não importa onde eu esteja
Sei que eu vou te encontrar
Porque o amor sabe esperar.

E, no fim eu recomeço, e pego a tua mão... 
Para nunca mais soltar.

Thaís de Almeida Alves - 12/01/2011

"Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza." (Pablo Neruda)

Para o meu Sandro


domingo, 9 de janeiro de 2011

Comportamento Humano

Há alguns dias atrás, estava conversando com a minha prima e ela perguntou: "Por que você sempre consegue que os homens te levem a sério?" Na hora eu ri, mas fiquei pensando sobre o assunto. Na verdade não foi a primeira vez que vi uma prima ou uma amiga frustrada com isso. É claro que um pouco é sorte de conhecer pessoas legais. Mas se você passa a vida inteira sendo deixada de lado, será que o problema não está em você, ao invés de dizer que nenhum homem presta? E não digo isso só quanto ao comportamento das mulheres, falo também para os homens e para todos meus amigos homossexuais, homens ou mulheres. Tenho um amigo que vive reclamando que não encontra ninguém legal para um relacionamento sério, que está cansado da vida fútil que leva, mas que tipo de pessoa ele se propõe a conhecer com o próprio comportamento?

Então resolvi fazer este post, um guia compacto para solteiros que desejam conhecer pessoas com quem possam ter algo mais do que pegação e sexo casual. Para quem achar que uma casada não pode dar este tipo de dica, só quero lembrar uma coisa: eu já estive solteira um dia... e nem foi há tento tempo assim... rsrsrs

Primeira dica: Escolher o lugar
É claro que a gente precisa sair de casa para conhecer pessoas. Mas sair para conhecer pessoas não quer dizer que você tem que ir pra um lugar que só tenha pegação. Ok, acontece de você encontrar o amor da sua vida num lugar assim? Acontece. Tenho umas 2 amigas que conseguiram esta proeza (e uma foi em micareta, eca!), mas não é comum, e você estará diminuindo sua chance de encontrar alguém que tenha objetivos bacanas em uns 200%. Simplesmente porque as pessoas vão ali com objetivos claros: dançar, beber e beijar na boca de desconhecidos. Você está lá, não importa que você seja uma pessoa profunda, cheia de idéias, que tenha tanto a compartilhar... você é farinha do mesmo saco, pelo menos naquela noite. Então, pense bem que tipo de mensagem você quer passar. Se é isso mesmo que você quer, beleza, continue freqüentando este tipo de lugar de solteiros, não é condenável. Só não reclame se ele não ligar no dia seguinte. E não reclame que as pessoas hoje em dia estão depravadas e não valorizam mais nada. Você procura exatamente por isso.
O fato é que, até 2 anos e pouco atrás, eu era uma solteira no Rio de Janeiro. Foram 2 anos solteira, em que eu saía, dançava, me divertia e NUNCA fui tratada como mais uma. Um dos motivos? Os lugares que eu escolhia para freqüentar. Eram lugares um pouco mais caros sim, mas dentro de um padrão que eu, que nunca tive uma renda maravilhosa, podia pagar sem problemas. O resultado era encontrar gente bonita. E quando digo gente bonita, estou me referindo à postura, atitude, educação. Eu era uma pessoa e não um pedaço de carne.

Segunda dica:  Ter postura
Em primeiro lugar, eu nunca saí de casa com o intuito de "pegar" alguém. Eu saía com meus amigos, dançava, me divertia, conhecia pessoas novas ou não, trocava telefones ou não. Mas muito raramente eu conheci uma pessoa e aceitei uma investida sequer para beijo na boca no primeiro dia de conversa. Antiquada? Pode ser... Mas o fato é que é difícil valorizar alguém que você não conhece. É difícil se interessar em aprofundar mais a relação com alguém que você já teve o máximo de intimidade física antes de saber quem é. É como inverter a ordem das coisas. Você acaba com a fase da conquista, da sedução, tudo o que torna a entrega muito mais gostosa. Se você vai com toda esta sede ao pote e não consegue cortejar uma pessoa, conquistar... que tipo de relação você espera? Uma pessoa super interessada em saber quem você é? Acho que não. Mesmo na minha fase solteira, quando eu "ficava" com alguém, acabava sendo um mini-relacionamento. Não com dedicação, compromisso, amor. Mas com carinho, com respeito, com a pessoa tentando me agradar, fazer coisas que eu gosto, me chamar pra programas românticos, fazendo jantares. E, mesmo não assumindo nenhum compromisso comigo, a pessoa demonstrava respeito, afeto, admiração, coisas que você conquista mostrando quem você é, agindo conforme você acha correto, esperando o tempo de cada coisa e não saindo atropelando o mundo numa noite de bebida e carência sexual. É muito mais fácil lidar com a carência sexual do que com a carência emocional de concluir que ninguém consegue ver a pessoa que existe por trás das "Nights".

Terceira Dica: Depois de conhecer
Legal, você conheceu alguém. Mas é você quem vive correndo atrás para conseguir marcar algo, a pessoa nunca parece retribuir todo o seu interesse, você se empenha, quer fazer de tudo para que o "relacionamento" dê certo. Esqueça! Só você está vivendo o relacionamento. Às vezes você pode fazer tudo certo e mesmo assim a pessoa não te valorizar, simplesmente porque é a pessoa que não está no clima de se prender a ninguém, que está bem como está, curtindo ser solteiro. Ou também pode ser que não tenha rolado química com você, e a pessoa acaba tentando mais porque vê todo o seu potencial, mas não sente atração. Simplesmente acontece. Aí é a sua hora de saber que não tem mais que insistir. Falta de amor próprio é tão ruim quanto não saber mostrar seus ideais e sentimentos. Deixe pra lá! Comece de novo! Você não pode ser uma pessoa desesperada para ter um relacionamento a qualquer custo. Já vi uma amiga fazendo isso, e o resultado foi um relacionamento doentio, com uma pessoa que ninguém sabe se era mesmo uma pessoa ou um ser de outro planeta (de um jeito ruim). Mas ela entrou na ilusão de que seria o máximo que conseguiria. Isso é inaceitável. Ame-se! É o primeiro passo para ser amado também.

Lembrando que estas dicas são para os solteiros que querem conhecer alguém! Os solteiros que estão bem e felizes solteiros, ignorem isso tudo, continuem fazendo o que estão fazendo! Mas apenas lembrem-se: se esbarrarem com alguém que esteja procurando por algo mais, não iludam, não mantenham ninguém perto só pelo conforto de ter alguém que gosta de você ou por ego. Deixe sempre clara a sua intenção de não ter intenção nenhuma de nada. Isso é respeito, e um dia pode precisar dele também. :)

É isso.