quarta-feira, 10 de junho de 2015

Pensando...

Assim que você me feriu eu quis retirar de você tudo aquilo que eu plantei. As paisagens de uma viagem, as sensações de experimentar o novo, a experiência romântica de ser amado e cuidado. Mas eu logo percebi que tudo aquilo que eu compartilhei é porque eu tenho para dar. Em contrapartida me senti roubada. Entendi finalmente que não é que você não quisesse dar, você não tinha. Então, segura isso tudo que você pode lembrar, segura isso tudo que você pôde aprender. E quem sabe com o tempo se torne parte de você, para que um dia você tenha o que compartilhar com alguém.

O que difere você do resto mundo?

O que te torna diferente não são os teus acertos, ou os erros que você comete. Não são as tuas dúvidas, muito menos as tuas certezas tão frágeis diante da imensidão da vida. O que te torna diferente é a tua postura diante da vida. Como você recebe o que te acontece de bom? Como você age com as pessoas ao redor quando tem alguma sensação de poder? E mais ainda, como você encara as dificuldades?
O que te torna diferente é quantas vezes você consegue levantar e lutar por tudo de novo. E o quanto você consegue com cada queda.
O que te torna diferente é manter a esperança mesmo diante das dificuldades e injustiças que acontecem, seja com você, ou simplesmente ao teu redor.
O que te torna especial é conseguir enxergar o bem e o mal dentro das pessoas, e ainda assim prosseguir acreditando que elas sempre irão te oferecer o melhor. É receber o pior é ainda assim saber oferecer o melhor.
O que te torna diferente é tudo isso junto, que te torna especial, que te doi e te rasga o coração, mas que te torna tão melhor a cada dia.
Eu já jurei algumas vezes que pagaria a cada pessoa com a mesma moeda. Mas espero que tenha sido apenas um lampejo de dor. E que acima de tudo de mau, eu continue a ver o lado bom de cada um. De cada situação. De cada dia.
É isso.

Por quê só as mães são felizes...

Estes dias depois de um post no Facebook fui obrigada a pensar sobre esta frase, escrita inocentemente por mim como legenda de uma foto.
Mas a verdade é que enquanto não temos filhos, atribuímos uma importância absurda a coisas que não são tão importantes assim. Relacionamentos, amigos, passeios, são legais, fazem parte da vida, mas depois que você tem um filho não são nada mais no perto da grandeza de ser mãe de alguém. É claro que as pessoas que nunca os tiveram, acham esta frase arrogante e tola, porque não há como mensurar um tipo de felicidade que você nunca experimentou.
E, na verdade, as pessoas que optarem por nunca terem filhos, jamais se sentirão infelizes ou incompletas por isso, mas quem tem se sente assim em relação ao próprio passado.
Eu não consigo me lembrar o que era realmente importante e feliz para mim antes da minha filha nascer.
E se eu passo qualquer dificuldade é ela quem me faz levantar. E se eu fecho os olhos é ela que eu vejo. Não há no mundo amor maior e nem felicidade maior do que ser mãe. É algo que ultrapassa o entendimento.
A responsabilidade não pesa, impulsiona. Ser responsável pela Alice me faz persistir em sonhos que ficariam pra trás, me faz continuar onde eu teria desistido, me faz superar onde eu teria caído. Ser mãe não pesa, é combustível.
E só quem tem o maior amor do mundo, este amor, é que conhece o que é ser feliz.
Um pai, uma mãe adotiva, qualquer um que entenda o que é viver para um ser que dependa de você. É mãe.
É isso.