sexta-feira, 21 de maio de 2010

Amor e paixão

Ok, este é um tema mais do que discutido, já tem textos, poesias, músicas...Mas ontem eu descobri que tenho uma visão diferente sobre o que é amor e o que é paixão, segundo meu namorido. :) Então fiquei pensando, quais seriam as diferenças entre um e outro, dentro da minha percepção de mundo, dos meus sentimentos.
Rosa Montero (escritora espanhola) dizia que a paixão é um vício, algo dura uns 2 anos; Dizia também que depois de superada a paixão, as relações ganhavam aquele aspecto cotidiano um tanto monótono e repetitivo. Ela disse que ela mesma havia se apaixonado várias vezes e que as histórias sempre terminavam assim:Quando se sai da fantasia para a realidade, o tédio e a monotonia acabam por predominar. Ela fala que, na paixão, amamos mesmo é o estado que o encantamento pelo outro provoca em nós. É verdade. Diz que não amamos a outra pessoa e que amamos mesmo é o amor! Este é um discurso oficial, tradicional e vazio.
Eu amo uma pessoa porque ela me traz paz, aconchego, bem-estar e uma série de sentimentos agradáveis que se perdem no momento do nascimento e a gente só reencontra quando ama uma pessoa.
A paixão é um encantamento de qualidade entre pessoas parecidas que vivenciam este encontro com muito medo. O medo é parte da paixão, que traz aflição e tensão, e que pode levar ao vício. Quando o medo se atenua, a relação mantém o vigor e o encantamento das relações baseadas na confiança recíproca, numa intimidade totalmente compartilhada e num clima erótico legal.
Para mim, o caminho normal da paixão é se transformar em amor. E que durante o amor, a gente se apaixone e se desapaixone sim, várias vezes pela mesma pessoa, sem deixar de amar, porque a base da relação está ali e já foi construída, não depende mais do frescor da paixão. Ela é só um alimento a mais pra relação, para que não caia realmente na mesmice que termina tantos relacionamentos, ou fomenta as traições. Mas quando a paixão não vira amor, foi só aquele sentimento irracional, avassalador, que te fez cometer algumas loucuras, você acordou e fim.
Agora, se a paixão realmente caminha para o vício e não para o amor, é porque não é um sentimento bom, saudável, acaba se tornando uma obsessão, gera sentimentos mesquinhos, ciúmes desmedidos, você pensa que ama mesmo sem que a pessoa dê nenhum motivo para ser amada. Se a paixão caminha para esse lado, eu corro... de mal de amor, desse eu não morro!
Voltando à paixão que se transforma em amor...a beleza interior se torna mais viva do que a beleza exterior. Você quer compartilhar planos, interesses, sentimentos. Você pode ter conflitos usando o bom senso, e a medida que superam juntos as dificuldades, a relação aprofunda-se. No amor, pode-se discordar de um pensamento, sem rejeitar a pessoa que o expressou. Respeitam-se os sentimentos, mesmo que isto custe algum sacrifício. O amor está na busca da verdade, não demonstrando só as qualidades, mas os defeitos também. Quem ama se interessa totalmente pelo bem estar do casal, quer sempre ver a pessoa feliz e realizada. Preocupa-se com o outro como se estivesse preocupando consigo mesmo. O amor é muito mais dar do que receber.
Se eu posso descartar uma paixão? Sim, com muita dificuldade nos primeiros dias e extrema facilidade após a primeira semana.
Se eu consigo descartar um amor? Se preciso sim, mas é necessária uma vida para esquecer.
E a minha noção de relacionamento ideal é ser apaixonada pela pesso que eu amo... porque eu preciso da segurança do amor e da vibração da paixão, numa pessoa só que me complete assim!
Difícil? É sim... mas eu consegui...
É isso.

sábado, 8 de maio de 2010

Este post é sobre amor, sobre inspiração, sobre vida.

Preciso falar sobre como encontrar o amor verdadeiro devolve o ar, devolve a vida, que com o tempo sai de você e você nem percebe. É por isso que muitas pessoas quando estão apaixonadas, dizem se sentir como adolescentes. É o retorno daquele frescor, daquela vitalidade, da vontade de mudar o mundo, da certeza de que se pode chegar em qualquer lugar. Com o passar dos anos, e a vivência das decepções no amor, no trabalho, na vida, a gente acaba perdendo isso e se entrega às certezas que acumulamos nestas experiências. Passamos a acreditar mais em bordões, como "gato escaldado tem medo de água fria", "já sei aonde isso vai dar", e nos esquecemos que a gente muda o tempo todo, o mundo muda, que somos naturalmente atraídos por novidade, por aventura. E nos decepcionamos constantemente com as nossas próprias expectativas a respeito de tudo, como diz a música "de repente, a gente sente que o que era novo envelheceu de novo". Quando nos damos conta, já vivemos este ciclo tantas vezes que nos tornamos frios demais para acreditar em toda transformação que outrora fervia no nosso coração. Alguns chamam isso de maturidade. Eu chamo de covardia.

Esse medo, essa apatia, voltam a dar lugar a sensação de "poder" quando encontramos um amor verdadeiro.

O meu amor me inspira. Me inspira a saber que eu posso mudar de carreira. Me inspira a querer ser uma mulher melhor. Me inspira a escrever sobre ele, sobre educação, sobre mim, sobre o mundo. Não basta ter algo a dizer, mas saber que o que você tem a dizer vai fazer diferença. Ainda que só faça pra ele, que só faça pra mim. Ou quem sabe, para você que passar e ler aqui.

E já que faz diferença... eu preciso dizer... Que ficar na cama até tarde juntinho não precisa ser um ato de preguiça. Que fazer tudo junto não é para não arrumar um motivo para brigar. Que dizer eu te amo não é para não sentir solidão.

A vida fica boa de novo quando você realmente ama. Ficar na cama juntinho até tarde é simplesmente porque você não consegue se separar do calor da pessoa ao seu lado. Fazer tudo junto é simplesmente porque você não quer fazer separado. Dizer eu te amo é simplesmente um ato de amor que precisa ser feito pro amor não explodir dentro do peito.

Obrigada mais uma vez a Deus, ao Universo, obrigada. Porque o amor é o centro de tudo, sim. Eu amo. Logo, eu posso. Eu posso mudar de cidade, de país. Eu posso mudar de profissão. Eu posso juntar dinheiro para construir a casa dos meus sonhos, posso deixar de pensar só em mim para viver melhor um "nós". Eu posso ser mais, e posso ser tudo que sonhar. Porque um sonho sonhado a dois, é muito mais fácil de realizar.

Um brinde ao amor, à volta da minha inspiração, de toda a subjetividade, de toda essa vida pulsando em mim!

É isso.


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mudança de hábito (e não é o filme!)

Este será um post curto. É apenas um devaneio.

Estava pensando como somos dependentes de televisão computador, consumo. Estamos sempre gastando mais e mais dinheiro para satisfazer a nossa dependência das coisas que precisamos (?) para viver bem.

Amanhã mesmo vou gastar vááárias estalecas só pra ir a um casamento, e ainda fiz meu namorido gastar né. Roupa nova, cabelo, unha, táxi (não dá pra andar de bus toda engomadinha né! rs).

Agora, me diz, por que tudo isso?

Estou pensando em rever meus conceitos. Eu gosto tanto de olhar o mar, a natureza, de sentir cheiro de mato. Acho que vou largar tudo e viver num destes pedaços de paraíso que Deus espalhou pelo mundo (com meu namorido, claro, um amor e uma cabana)... E o melhor de tudo é que ELE mesmo faz update. Tudo bem que de vez em quando dá um bug e acontece uma cagada, como Tsunami, estas coisas, mas pelo menos eu não vou ter mais que gastar rios de dinheiro todo mês para atualizar alguma coisa obsoleta que comprei ano passado no meu mundo moderno e cheio de porcaria essencial e inútil...rs

É isso.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Educação globalizada?

Inspirada pelos anos e anos que assisti de perto o cenário da educação brasileira através da minha mãe e da minha tia, pela minha vivência sempre muito atuante como estudante, por estar vendo de perto a educação de hoje através meu namorídolo :) , pela minha vivência na área financeira (acreditem, tem ligação!), e a minha tendência a encontrar fundamentos históricos em tudo, resolvi escrever este texto.
Durante a crise mundial ano passado, eu li um termo que define muito bem a sociedade atual: global-terminal-estrutural. Estamos assistindo a sociedade capitalista em crise, talvez em declínio. Nossa perspectiva é que cheguemos a uma sociedade global sem fronteiras, onde possamos nos deslocar de forma livre e ter o direito de permanecer em qualquer lugar.

E como fica a educação nesse novo cenário?

Conhecimento e sociedade são fundamentais para analisar o processo educativo e compreendê-lo. Apesar da sociedade estar se direcionando para uma postura cada vez mais global e desumanizadora, cada cultura tem suas particularidades, e é dever da educação, a única interseção entre todas as culturas, manter essas particularidades, adequando a sua pedagogia a cada povo e não sucumbir a este pensamento global. Além disso, manter a identidade das culturas é necessário para compreender o indivíduo e assim trabalhar os conceitos e métodos corretos com cada grupo e dependendo do educador, com cada pessoa.

O problema é que a maioria das intituições confunde isso com "parar no tempo", e não consegue nem conhecer a identidade cultural de seus alunos e nem prepará-los para um novo modelo socio-econômico que eles terão que enfrentar quando inseridos no mercado de trabalho. Os alunos não estão prontos para a realidade global, e a escola sequer dá condições para que os educadores interessados em fazer a diferença, tenham estrutura para realizar um trabalho completo.
É urgente que o processo de desenvolvimento da escola passe a ser discutido com seriedade, dedicação, que façamos uma reformulação pedagógica em que escola não seja uma obrigação para o aluno, mas sim uma fonte do seu conhecimento, da formação do seu intelecto, e isso automaticamente o levará a ser parte do desenvolvimento social, não apenas como receptor de informações, mas como idealizador de práticas que dêem continuidade a esse processo.
Precisamos incorporar valores, vivê-los de forma que seja possível mudar esse quadro.
Como fazer isso? Esse já é outro texto...