quarta-feira, 5 de maio de 2010

Educação globalizada?

Inspirada pelos anos e anos que assisti de perto o cenário da educação brasileira através da minha mãe e da minha tia, pela minha vivência sempre muito atuante como estudante, por estar vendo de perto a educação de hoje através meu namorídolo :) , pela minha vivência na área financeira (acreditem, tem ligação!), e a minha tendência a encontrar fundamentos históricos em tudo, resolvi escrever este texto.
Durante a crise mundial ano passado, eu li um termo que define muito bem a sociedade atual: global-terminal-estrutural. Estamos assistindo a sociedade capitalista em crise, talvez em declínio. Nossa perspectiva é que cheguemos a uma sociedade global sem fronteiras, onde possamos nos deslocar de forma livre e ter o direito de permanecer em qualquer lugar.

E como fica a educação nesse novo cenário?

Conhecimento e sociedade são fundamentais para analisar o processo educativo e compreendê-lo. Apesar da sociedade estar se direcionando para uma postura cada vez mais global e desumanizadora, cada cultura tem suas particularidades, e é dever da educação, a única interseção entre todas as culturas, manter essas particularidades, adequando a sua pedagogia a cada povo e não sucumbir a este pensamento global. Além disso, manter a identidade das culturas é necessário para compreender o indivíduo e assim trabalhar os conceitos e métodos corretos com cada grupo e dependendo do educador, com cada pessoa.

O problema é que a maioria das intituições confunde isso com "parar no tempo", e não consegue nem conhecer a identidade cultural de seus alunos e nem prepará-los para um novo modelo socio-econômico que eles terão que enfrentar quando inseridos no mercado de trabalho. Os alunos não estão prontos para a realidade global, e a escola sequer dá condições para que os educadores interessados em fazer a diferença, tenham estrutura para realizar um trabalho completo.
É urgente que o processo de desenvolvimento da escola passe a ser discutido com seriedade, dedicação, que façamos uma reformulação pedagógica em que escola não seja uma obrigação para o aluno, mas sim uma fonte do seu conhecimento, da formação do seu intelecto, e isso automaticamente o levará a ser parte do desenvolvimento social, não apenas como receptor de informações, mas como idealizador de práticas que dêem continuidade a esse processo.
Precisamos incorporar valores, vivê-los de forma que seja possível mudar esse quadro.
Como fazer isso? Esse já é outro texto...

Um comentário:

Sandro Ataliba disse...

Como eu costumo dizer, está tudo errado no nosso modelo educacional atual. E parece que isso interesse às pessoas.
Infelizmente não há quem consiga mudar essa situação.