Então, vou começar repostando o meu último texto do último blog, o phoenixtribal, e continuar de onde parou né! Prometo que no próximo post eu começo a falar sobre o agora.
Beijos
Ações e Contradições
Não se pode viver só, e esta é a única verdade, que eu em minha vã filosofia, não me atrevo a questionar. Como argumentar contra a natureza humana? É como diz a música "Tem dó, quem viveu junto não pode nunca viver só". Pois é, e vivemos em sociedade, juntos, e mesmo aqueles que tentam se isolar, têm o mínimo de contato humano. Você conhece algum ermitão? Conhece? Então é porque ele não é verdadeiramente um ermitão. Ser um ermitão é uma utopia daqueles que de alguma maneira fogem do comum, da normalidade padronizada pelos conceitos da sociedade, onde a maioria é quem dita as regras. E, afinal, as regras foram criadas, porque antes delas houve o desvio, logo, as regras foram feitas para serem transgredidas, e cada um transgride somente aquelas as quais se dispõe a pagar o preço. Mas voltando ao ponto, ninguém consegue verdadeiramente ser um ermitão, mas estar um ermitão. Qualquer pessoa que adota este tipo de comportamento, está gritando em silêncio "Olhem pra mim" " Eu preciso de atenção". Esta pessoa precisa mostrar o quanto ela é diferente, que transgrediu as regras, mas transparece totalmente a carência e necessidade demasiada de ser compreendido e acolhido com o seu diferencial. É claro, este é um exemplo extremo, mas esta contradição acontece a todo tempo, nas situações cotidianas. O próprio individualismo que impera no modelo socioeconômico que vivemos hoje, é fruto da contradição da natureza humana, já que é esta mesma natureza, que criou um sistema econômico, político, social, ético e moral, onde as pessoas dependem umas das outras para não ficarem estagnadas. Por quê? Porque faz parte da natureza humana, compartilhar. Mas também faz parte da natureza humana, confrontar. Confrontar a si mesma, seu próprio sistema, seu próprio querer. É esta natureza que nos leva a dar voltas estupendas e até estúpidas para conseguir algo que talvez nascesse de um sorriso e vice e versa. As discrepâncias são criadas a todo momento e sequer percebemos que estamos servindo de combustível para esta grande roda que anda em sair do lugar. Isso me faz lembrar de outra música " Ainda somos os mesmo e vivemos como os nossos pais..." É mesmo por aí, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas não muda a encenação deste grande teatro que é a vida, onde quando reconhecemos nossas personagens, obedecemos fielmente suas falas, ou transgredimos inutilmente o seu romance, para estrelarmos um drama pessoal, individual. Mas o certo é que ao contrário do que supomos no auge da nossa arrogância, não vivemos para nós mesmos, e sim para que nos encontremos na convivência com o outro. É claro que não somos todos iguais, mas todos queremos ser diferentes, uns mais, outros menos. O ermitão grita tanto a solidão, pela sua necessidade de que as pessoas venham até ele. O astro, aparece tanto pela sua necessidade de ir até as pessoas, chamando os holofotes todos para ele. Cada um de nós, à sua maneira, e à sua intensidade, precisa do outro. Por isso, devemos olhar para dentro em alguns momentos da correria da vida e nos perguntarmos até onde a contradição entre os nossos desejos e atos desperta a incompreensão daqueles que amamos, quantas vezes magoamos, para não permitirmos que o nosso egocentrismo atropele a nossa maior necessidade, conviver. Há aqueles que preferem conviver em paz, outros em guerra, mas enfim, gostamos mesmo de conviver, desde os mais reservados aos mais atirados, queremos a mesma coisa. Somos parte integrante e ativa do processo e podemos escolher junto com o destino ou o sobrenatural. " Quem de nós é o referencial?"
Thaís Alves, 2005.
Não se pode viver só, e esta é a única verdade, que eu em minha vã filosofia, não me atrevo a questionar. Como argumentar contra a natureza humana? É como diz a música "Tem dó, quem viveu junto não pode nunca viver só". Pois é, e vivemos em sociedade, juntos, e mesmo aqueles que tentam se isolar, têm o mínimo de contato humano. Você conhece algum ermitão? Conhece? Então é porque ele não é verdadeiramente um ermitão. Ser um ermitão é uma utopia daqueles que de alguma maneira fogem do comum, da normalidade padronizada pelos conceitos da sociedade, onde a maioria é quem dita as regras. E, afinal, as regras foram criadas, porque antes delas houve o desvio, logo, as regras foram feitas para serem transgredidas, e cada um transgride somente aquelas as quais se dispõe a pagar o preço. Mas voltando ao ponto, ninguém consegue verdadeiramente ser um ermitão, mas estar um ermitão. Qualquer pessoa que adota este tipo de comportamento, está gritando em silêncio "Olhem pra mim" " Eu preciso de atenção". Esta pessoa precisa mostrar o quanto ela é diferente, que transgrediu as regras, mas transparece totalmente a carência e necessidade demasiada de ser compreendido e acolhido com o seu diferencial. É claro, este é um exemplo extremo, mas esta contradição acontece a todo tempo, nas situações cotidianas. O próprio individualismo que impera no modelo socioeconômico que vivemos hoje, é fruto da contradição da natureza humana, já que é esta mesma natureza, que criou um sistema econômico, político, social, ético e moral, onde as pessoas dependem umas das outras para não ficarem estagnadas. Por quê? Porque faz parte da natureza humana, compartilhar. Mas também faz parte da natureza humana, confrontar. Confrontar a si mesma, seu próprio sistema, seu próprio querer. É esta natureza que nos leva a dar voltas estupendas e até estúpidas para conseguir algo que talvez nascesse de um sorriso e vice e versa. As discrepâncias são criadas a todo momento e sequer percebemos que estamos servindo de combustível para esta grande roda que anda em sair do lugar. Isso me faz lembrar de outra música " Ainda somos os mesmo e vivemos como os nossos pais..." É mesmo por aí, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas não muda a encenação deste grande teatro que é a vida, onde quando reconhecemos nossas personagens, obedecemos fielmente suas falas, ou transgredimos inutilmente o seu romance, para estrelarmos um drama pessoal, individual. Mas o certo é que ao contrário do que supomos no auge da nossa arrogância, não vivemos para nós mesmos, e sim para que nos encontremos na convivência com o outro. É claro que não somos todos iguais, mas todos queremos ser diferentes, uns mais, outros menos. O ermitão grita tanto a solidão, pela sua necessidade de que as pessoas venham até ele. O astro, aparece tanto pela sua necessidade de ir até as pessoas, chamando os holofotes todos para ele. Cada um de nós, à sua maneira, e à sua intensidade, precisa do outro. Por isso, devemos olhar para dentro em alguns momentos da correria da vida e nos perguntarmos até onde a contradição entre os nossos desejos e atos desperta a incompreensão daqueles que amamos, quantas vezes magoamos, para não permitirmos que o nosso egocentrismo atropele a nossa maior necessidade, conviver. Há aqueles que preferem conviver em paz, outros em guerra, mas enfim, gostamos mesmo de conviver, desde os mais reservados aos mais atirados, queremos a mesma coisa. Somos parte integrante e ativa do processo e podemos escolher junto com o destino ou o sobrenatural. " Quem de nós é o referencial?"
Thaís Alves, 2005.
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