domingo, 11 de dezembro de 2011

Para que tudo continue azul...

Acabei de assistir a um episódio de "Extreme Makeover Home Edition - 6ª temporada", em que uma família abdicava de muitas coisas de realização pessoal para cuidar dos animais que estavam necessitando, inclusive e especialmente os selvagens, que por algum motivo sofreram maus tratos em cativeiro. Aliás, esta temporada inteira tem sido sobre isso, sobre os heróis anônimos que ajudam pessoas, causas, a natureza, os animais.

Fico vendo como as pessoas conseguem se desprender do material e pensar no mundo ao seu redor. Fico pensando que não precisaria que poucos fizessem grandes sacrifícios, se todos se doassem pelo menos um pouco ao outro, aos animais, à Terra, ao Universo.



Mas, dentro de nossa realidade atual, fazer a nossa parte é pouco. Eu e meu marido ficamos pensando milhares de vezes quais as tecnologias e artifícios que podemos pagar para que nossa casa seja mais sustentável e favoreça a ecologia. Fico planejando como vai ser o abrigo de animais que vamos administrar mais ou menos em 5 anos, quando poderemos finalmente entrar em mais dívidas...rs Fico imaginando como vai ser o dia (este um pouco mais distante devido à complexidade e preço) que meu marido finalmente conseguir colocar em prática sua escola dos sonhos, que vai ajudar tanta criança que precisa a ser alguém, e não ser apenas mais uma medida assistencialista.

Penso em tudo isso, e me sinto impotente. Vamos continuar fazendo a nossa parte, e lutando para alcançar mais do que fazer a nossa parte. Ah, se todo mundo fizesse pelo menos a sua parte, como tudo seria melhor! Melhor em compaixão, em vida, em qualidade de vida, em fraternidade, humanidade, união! Falta o básico, Saúde, Educação... como exigir erudição, consciência, e até mesmo revolta, luta, ou lançar mão do próprio poder?

Só me resta por enquanto isto de fazer o meu, e esperar o "efeito borboleta".

Abaixo um trecho de um artigo de Leonardo Boff, de fevereiro de 2011, muito atual:

"Vigora, portanto, uma circulação entre o dar e o receber, uma verdadeira reciprocidade. Ela representa, num sentido maior, a própria lógica do universo como não se cansam de enfatizar biólogos e astrofísicos. Tudo, galáxias, estrelas, planetas, seres inorgânicos e orgânicos, até as partículas elementares, tudo se estrutura numa rede intrincadíssima de inter-retro-relações de todos com todos. Todos co-existem, inter-existem, se ajudam mutuamente, dão e recebem reciprocamente o que precisam para existir e co-evoluir dentro de um sutil equilíbrio dinâmico.
Nosso drama é que não aprendemos nada da natureza. Tiramos tudo da Terra e não lhe devolvemos nada nem tempo para descansar e se regenerar. Só recebemos e nada damos. Esta falta de reciprocidade levou a Terra ao desequilíbrio atual."


Está na hora de pensarmos nisso, antes que a natureza se vire de vez contra nós.


É isso.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Dez de dezembro

Com 30 anos a gente aprende que cada um só vê o seu lado, que só faz o que for conveniente, que só faz questão em situações cômodas, e que quem vai estar ao seu lado em qualquer situação pode ser contado com menos da metade dos dedos de uma mão apenas. Então não espere o que não possa ser feito por você mesmo para você mesmo. O resto é só uma agradável surpresa.

Comemoro o aprendizado, já que a cerveja tem que ficar para outro dia e amanhã tem 2 provas.

Obrigada ao meu marido pelo presente, por este post e por todos os agrados do dia. :)

Obrigada pelos recados e ligações que recebi.

É isso.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Porque todo final é feliz...

... é só saber esperar para completar a sua poesia.

Poesia inspirada no meu amor.

Fatos não são contos

Ela acordava toda manhã
E ela tinha os pés no chão
Ela tinha uma pedra no peito
No lugar do papelão

Aí ela descobriu a criança dentro dela
Andou na roda gigante, voou
E foi lixando a solidão da pedra
Até que consertou

E ela era tão moderna
Que até podia cuidar de si
Ela era tão só dela
Que ele quis possuir

Ela viajou e conheceu a loja nova
Lá comprou sonhos e acreditou
Todos os dias cuidando dos sonhos
Será que alguém mais alimentou?

E ela só quer olhar da janela
E ver que ele já chegou
Gritar para os dois que a felicidade já está na mesa
Sem esquecer o que o destino anunciou

Ela tinha tanta certeza
Que até podia garantir
E ela era tão só deles
Que não podia se iludir

Ela acorda toda manhã
Sabendo que a vida não é ilusão
Ela apenas desperta do sono
E vive os sonhos do seu coração

Se o futuro é incerto
Não importa se é a dois ou se é só
Então ela estreita mais os laços
E os dois se tornam um num nó

E ela tem tanta vontade
Que jamais poderia desistir
E eles têm tanto amor
Que ele só quer fazê-la sorrir

Thaís de Almeida Alves
Dezembro/2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Observando e aprendendo.

Este post é sobre a importância de aprender com os animais e com a natureza como sermos seres melhores neste mundo. É sobre aprender inocência, sinceridade, amizade e amor.

O texto é do meu amigo (e cunhado) Diogo Itália, que teve a sensibilidade de enxergar numa situação considerada simples, uma verdade que sempre parece muito difícil a todos nós.



"Outro dia, enquanto tirava uns minutinhos pra relaxar, deitado no chão da sala de casa, me occorreu a seguinte idéia que agora compartilho. 
Havia alguns dias que reparava que a “Polaca”, com certa frequência, vinha dando atenção especial à uma de suas patas. Ela ficava lá, lambendo-a. Lambia por um longo período. Depois, levantava e ia cuidar das suas coisas. Fazer o que cachorro faz. Conhecendo-a do jeito que a conheço, sabia que possivelmente poderia ter algum “machucadinho” incomodando-a. 
Pois bem, o fato é que enquanto estava alí, “dando um relazxx”, a Rebeca se aproximou, fez o rodopio caracteristíco dos caninos e por fim deitou-se ao meu lado. Fiz um carinho nela, chequei a situação do pêlo, das pulgas, e por fim o teste pra saber se já havia chegado a hora do próximo banho! O teste é bem simples, basta sortear uma das patas, dar um “cheiro”, e por fim avaliar a quantas anda o tradicional odor de “Cheetos” que naquelas partes se acumulam,indicando a quantas anda o quesito higiene do “Ser”. Esse é o teste! Simples! Eficaz! Só que desta vez, logo de cara, acabei esquecendo da análise odorífera. Ao escolher uma das patas notei que se tratava da pata que ela vinha lambendo havia tempinho. 
Olhei! Lá estava ele! Um machucadinho!! Bem embaixo da unha! Machucadinho desses que cachorro faz quando se empolga nas suas estrepolias e só se dá conta quando a situação se acalma. Coisa pouca, mesmo assim a incomodava. Porra! Machucado embaixo da unha é foda! Quem já teve sabe. Incomoda pra tudo! Os pêlos ao redor todos molhados denunciavam uma recente sessão de lambidas, além de, potencializar o bendito cheiro de Cheetos que a essas horas já saturava meu nariz à medida que me esforçava para um exame mais minucioso!! Bahhh!!! A “Polaca” ficou um tanto quanto apreensiva de cara, mas logo relaxou, confiando a mim a pata em questão.
Olhei por alguns segundos. Suspeita confirmada. Nada grave. Soltei-a rapidamente, pois não queria abusar da confiança a mim depositada. Quem conhece cachorro sabe a cara de “cú” que eles fazem quando são contidos!!! 
Neste instante, enquanto desviava minha atenção afim de trocar o som que estava rolando, senti algo encostar na minha mão. De leve! Olhei novamente pra “Beca”. Lá estava ela, deitada de lado no tapete, com aquela cara linda que cachorro olha pra gente quando quer carinho, e pra minha surpresa, me oferecendo novamente a pata! Ahhhhhh! Sorri, peguei-a com todo cuidado, e fiquei lá, acariciando-a. Ela, sutilmente fechara os olhinhos. Lá ia Beca!! Adentrando o bardo dos sonhos!! Respiração tranquila! Cara de quem sonha!!!
Foi aí que me ocorreu o seguinte: quantas vezes tentando agir nesse mundo da forma que julgamos a mais correta, almejando alcançar a felicidade, tentando nos livrar de nossos sofrimentos e angústias, não acabamos também com nossas “patas” machucadas? E mais, quem de nós após sofrer as avarias que a vida proporciona, consegue expor seus “machucadinhos” a outrem? 
É importante que consigamos compreender que expor nossos machucados faz parte do processo de cura. É importante que consigamos localizar onde dói. É importante que tenhamos a quem mostrar nossos machucados. Do outro lado, é nobre poder ser quem cuida dos machucados de alguém. 
O remédio está em nossas mãos. O remédio é o Amor. 
Assim seguimos!
Cuidando uns dos outros. Curando uns aos outros. 
Respiração tranquila!! 
Cara de quem sonha!"




É isso!